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Texto: Sónia Chagas

Fotos: Mário Cumbana

Edição 84 SET/OUT| Download.

UM PERÍPLO PELA – GAZA TURÍSTICA

A necessidade de lazer, respirar ar puro, ao mesmo tempo que se aprendem coisas novas, levou-nos a visitar uma província que se encontra às
portas de Maputo.
A um clique de Xai-Xai, a capital provincial, com uma localização geográfica excepcional, Gaza faz fronteira com Manica a norte, Inhambane a
nordeste, a sul com a África do Sul e Maputo, a oeste com Zimbabwe que faz dela um ponto de entrada de importante desenvolvimento.

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É atravessada pelo rio Limpopo que faz dela uma das províncias mais importantes de Moçambique pelo seu potencial agrícola. Na parte sueste
tem ainda cerca de duzentos quilómetros de costa banhada pelo oceano de águas quentes, o oceano Índico, que faz de Gaza uma província
com um potencial turístico inquestionável, isto para não falar nos lagos, parques de Limpopo e de Banhine, nas Praias de Xai-Xai, Chizavane, Chidenguele, Zonguene, Bilene, que se encontram nessa abençoada costa.
Se a essas belezas naturais for se acrescentar o seu património cultural, se pode eventualmente concluir que Gaza tem todas as condições para ser um dos maiores destinos deste país.
Manjakaze foi a capital do império de Gaza, que existiu por volta de 1824, foi igualmente a localidade onde nasceu Eduardo Mondlane, o primeiro presidente da FRELIMO, o arquitecto da unidade nacional, mais precisamente na aldeia de Nwadjahane.

Manjakaze foi a capital do império de Gaza, que existiu entre 1824 e 1895, foi igualmente a localidade onde nasceu Eduardo Mondlane, o primeiro presidente da FRELIMO, o arquitecto da unidade nacional, mais precisamente na aldeia de Nwadjahane.

Ao visitar Manjakaze, não deixe de passar pela árvore Centro do Poder, gabinete do rei, a árvore onde sob a sua sombra se tratava dos guerreiros feridos. Estes locais fazem-nos acreditar que, de facto, nada na vida é por acaso, pois hoje os mesmos lugares estão ocupados por entidades que desempenham as mesmas funções, a administração e o hospital de Chaimine, desde o tempo colonial. Passe também por Nwadjahane (casa 120 e 1961), a palhota onde Eduardo Chivambo Mondlane nasceu viveu a sua infância, segunda, a casa que construiu, mesmo estando no exterior, já adulto, a lápide que simboliza o local onde a família Mondlane recebeu Samora em 1975, o centro de recursos, contruído em 2009, hotel Capulana com 14 quartos contruído no âmbito do projecto, um distrito um hotel, para acomodar turistas interessados em permanecer na Aldeia, monumento de Mondlane, a lagoa Nyawurhongolo e a planície, locais onde na infância, Eduardo Mondlane pastava e tomava banho.

Em Chilembene visite o local histórico da família Machel, conheça o local onde caiu o umbigo de Samora Machel, o embondeiro reerguido em sua homenagem, nesse mesmo espaço, imortalizando-o. O espaço onde se encontrava a palhota onde viveu a sua infância, o local de onde saiu para se filiar no exército, para lutar contra a dominação colonial, a sua casa construída ao lado da residência dos pais.
Os portugueses fixaram a sua base, na antiga casa de Samora Machel para poderem controlar os paços da família, pois, Samora era procurado, por ser visto como uma ameaça no processo da luta enquanto valente e mobilizador.
Os portugueses decidiram fixar-se na sua residência, na esperança de que ele aparecesse ou que enviasse algum mensageiro para dar recados, o que não aconteceu, ao que acabaram por fixar um posto colonial, residência do chefe do posto, prisão e residências dos sipaios nesse local, hoje património do Estado. É na mesma zona em que se encontra o seu monumento e o monumento de Josina Machel, heroína nacional, ícone da emancipação da mulher moçambicana, combatente destacada na luta de libertação nacional.

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