Jardim dos Aloés – Casa de charme
Nesta Omuhipiti sempre labiríntica, com as paredes cor de cal a resistirem ao sal do mar e do tempo, movemo-nos como o círculo com a boca-triângulo de Tōru Iwatani. E vamos parar a frente de uma porta com a robustez dos murros que encerra. A placa por cima anuncia o nome: Jardim dos Aloés, o da planta milagrosa, espalhada pelo quintal, a vestir a terra e as paredes. A planta proposicional que subordina o charme à casa. Um apartamento e mais três quartos espaçosos a devolverem-nos para um tempo que há-de também ser nosso. O da banheira cavada no chão e da estante de livros esculpida na parede em que encontramos tardiamente um Fernando Manuel com o seu ‘‘Chá das Sextas’’, o das crónicas que se querem espaço de conversa.
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E, quando a mão negra da noite arrasta as estrelas, seguimo-las como reis magos para a Belém possível. Um terraço, esteira de pedra. Ao fundo, o som das ondas, já o mar apenas um lençol negro que se move na coreografia agitada do sono das vidas naufragadas.
▶ Como IR
Voe com a LAM até Nampula e de lá é uma viagem de carro de pouco mais de duas horas até a Ilha de Moçambique.
▶ Onde comer
A Ilha é, por si, um roteiro gastronómico. Das tascas à beira do mar aos restaurantes nos edifícios seculares a vincar a memória.
▶ O que fazer
Andar pelas ruas, entre a Cidade de Macúti e a de Pedra e Cal, visitar monumentos que recordam outros tempos. De barco pode seguir a Ilha de Goa. Em Agosto, ainda pode ter a sorte de ver baleias e golfinhos que vão dar à costa, para lá da Ilha de Goa.
▶ Reservas
+258 875223075
Noites Sugeridas: 3
Preço Médio: Preço sob consulta
Edição 82 JAN/FEV| Download.
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