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Texto: Eliana Silva

Foto: Thandi Pinto

Edição 80 Jul/Ago/ Set| Download.

Girl Move – Uma mulher pode mudar o mundo

Como é que se reescreve o progresso? Nas palavras – e na vontade – da Girl MOVE é através da educação, da liderança e da formação.

A academia de liderança moçambicana foca-se num modelo de mentoria circular inter-geracional, reconhecido pela UNESCO, e prepara jovens mulheres para desenvolverem a sua carreira de impacto, colocando no centro o desenvolvimento da comunidade. O limite? Não existe.

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É a partir de Nampula que a organização promove uma transformação positiva em Moçambique, com uma missão e visão particulares sobre a educação feminina. Contas feitas, a Girl Move já impactou mais de 15 mil jovens mulheres na última década, contando sempre com parceiros e organizações que acreditaram no compromisso de um Moçambique mais plural e justo através do investimento no talento feminino.

Nas palavras de Rita Megre, Directora Académica da Girl MOVE, “num mundo cada vez mais competitivo, precisamos de novas lideranças com clareza de visão, sentido de propósito e eficácia de acção. Encontrá-las, desenvolvê-las e elevá-las é o grande objectivo da Girl MOVE Academy”.

A organização divide o seu foco em duas dimensões, a promoção da educação e no desenvolvimento de liderança no feminino, através de um modelo de mentoria circular inter-geracional onde se potencia o talento e se desenvolvem novos modelos de referência femininos, criando um ciclo virtuoso de mudança positiva e impacto entre as gerações. Com isto, contribui para uma franca redução da percentagem de gravidezes precoces, uniões prematuras e abandono escolar, ao mesmo tempo que se promove uma cidadania activa nestas m a consciência da diferença que podem fazer nas suas comunidades, no seu país, e no mundo.

O reconhecimento da metodologia da Girl MOVE e o sucesso dos seus programas leva a organização a reflectir na responsabilidade de escalar o impacto da sua missão, tendo em 2021 iniciado o processo de disseminação da sua metodologia com parceiros de implementação estratégicos. Em 2021, lançou o seu primeiro programa digital  – o SHINE – para jovens mulheres entre os 17 e os 30 anos, finalistas do ensino secundário, estudantes do ensino técnico-profissional, universitárias e licenciadas, inscritas de todo o país, com a missão activar e potenciar ainda mais o talento feminino. As jovens têm a possibilidade de frequentar uma formação online com conteúdos de autodesenvolvimento e liderança comunitária através de uma plataforma online.

Já o CHANGE, programa de liderança e formação em inovação social, destina-se a mulheres com idades entre os 20 e 30 anos, finalistas universitárias, graduadas ou mestres que voam até Nampula para ter uma experiência de formação imersiva e vivencial para desenvolver competências específicas que todos os grandes líderes precisam: empatia consciente, trabalho de equipa dinâmico, acção transformadora e nova liderança.

“No CHANGE, passei por um processo de mudança e transformação a nível pessoal e profissional. Depois do programa, passei a acreditar mais no meu potencial de transformar o mundo e criar impacto positivo para a minha comunidade. Sou capaz de desenvolver ideias e soluções sustentáveis para problemas actuais na minha comunidade e liderar sendo exemplo para outras mulheres que, como eu, querem desenvolver a seu país e o mundo”, conta-nos Yara Benedito Chidiamassamba,  Gestora de programas na SCDS e Fundadora da Maquetheia. Para Chelsea Marlen, Membro parlamentar da SADC Youth e Assistente de RH na Hollard Seguros, a experiência na Girl MOVE foi desafidora. “No ano de 2021, entrei para o programa CHANGE da Girl MOVE Academy que me permitiu desenvolver as minhas habilidades como líder e implementá-las em projectos de envolvimento comunitário como o Changemaker’s LAB. Fui desafiada a sair da minha zona de conforto e a conectar-me com as comunidades de Nampula, na procura de soluções adequadas às suas necessidades”, partilhou a jovem.

Mais do que acreditar na educação, a Girl MOVE operacionaliza a diferença. Ao apelar a que cada jovem saia da sua zona de conforto e invista na sua formação como changemaker, a Academia abre um sem número de oportunidades para elas e para as comunidades.

No fim da experiência internacional, em Portugal, que tem a duração de 7 semanas, todos os anos cerca de 30 jovens Girl Movers regressam a Moçambique com a consciência, responsabilidade e vontade de querer impactar, e deixar a sua marca no seu país.

Edição 80 Jul/Ago/ Set| Download.

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