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Texto: Eta Matsinhe

Foto: Shutterstock

Edição 79 Maio/Junho| Download.

Victoria Falls – A cidade do fumo que troveja

O ruído contínuo e similar ao do trovão e a cortina de fumaça que resultam das quedas das águas do rio Zambeze, na fronteira entre a Zâmbia e o Zimbabué, são perceptíveis a quilómetros de distância e foram estas as características que levaram o povo Botongo a chamar as cataratas de Mosi-oa-Tunya, “O fumo que troveja”. As cataratas receberam o nome que faz jus à sua grandiosidade, muito antes do missionário e explorador escocês David Livingstone dar-lhes o nome de “Victoria Falls”, em 1855, quando as viu pela primeira vez.

Do lado do Zimbabué, as majestosas cataratas Vitória dão nome à cidade e ao Parque Nacional onde estão localizadas. Cabe afirmar que a magia deste lugar não está apenas no Mosi-oa-Tunya, mas em cada metro que compõe os 23,4 km2 do Parque Nacional das Cataratas Vitória.

O ponto de partida para explorar este pedaço de paraíso africano é com certeza as cataratas, pois é impossível deixar a visita para depois. A partir de vários pontos da cidade, e mesmo no momento da aterragem, a nuvem de fumaça formada pela queda das águas, no meio da interminável mata verde fechada, faz-se extremamente convidativa. Passeando pela trilha que passa pelos 16 pontos de observação, aprecia-se um espectáculo único da natureza composto pela beleza das imensas quedas de água enfeitadas por mais de um arco-íris.

Porque o Parque Nacional das Cataratas Vitória é casa dos Big Five (leopardo, elefante, rinoceronte, leão e búfalo) e muitas outras espécies selvagens, o safari parece-se com um jogo de caça ao tesouro, para avistar os cinco gigantes africanos. Mas a maior surpresa deste passeio é descobrir que humanos e animais selvagens vivem em “harmonia”.

Dentre os vários restaurantes, o Lookout Café é um dos locais preferidos tanto dos habitantes locais como dos turistas. A razão para ser tão concorrido é a sua vista de cortar o fôlego. Situado à beira do vale de Batoka, o Lookout Café é aberto para o penhasco onde se precipita o rio Zambeze, numa profundidade de mais de 100 metros. Somado a isto tem uma vista panorâmica para a ponte sobre as Cataratas de Vitória e para os jactos das cataratas.

E, se estamos neste lugar para estar em contacto com natureza, porque não levar o espírito da aventura ao extremo e jantar no meio da floresta? Esta proposta, ainda que assustadora, revela-se extraordinária.

Mas, porque a beleza do rio Zambeze também merece ser apreciada a partir de outros ângulos, um cruzeiro no fim de tarde para apreciar o pôr do sol é imprescindível.

▶ Como ir

Pode voar directo para Harare com a LAM. Em seguida, apanhar um voo de conexão para o Parque Nacional das Cataratas Vitória. Ou tem opção de voar de Maputo para Joanesburgo e depois fazer o voo de conexão para o destino final.

▶ Onde ficar

O Parque Nacional das Cataratas Vitória tem vários lodges e com temáticas diferentes. Pode hospedar-se no Elephant Lodge, que fica no meio da floresta, ou no Zambeze Lodge, na margem do rio.

▶ Onde comer

Vários restaurantes servem pratos locais e recomenda-se experimentar. Mas uma experiência que deve incluir na agenda é visitar o restaurante “The Lookout Café”.

▶ O que fazer

Se gosta de actividades radicais, pode experimentar fazer bungee jumping da ponte de Victoria Falls. Mas, se prefirir algo mais calmo, pode apreciar as cataratas sobrevoando de helicóptero.

▶ Cuidados a ter

A cidade, os lodges e os hotéis estão dentro de um parque onde os animais circulam livremente, então é importante ler e acatar as recomendações dos guias e o que as placas de informação indicam.

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