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Textos: Eta Matsinhe & Pretilério Matsinhe

Fotos: Cedidas pela marca

Edição 74 Jul/Ago | Download.

Com foco nas finanças – Hollard Seguros celebra 20 anos de sucesso em Moçambique

Somos sempre desafiados a procurar melhores formas de responder às necessidades dos nossos clientes e a fornecer os produtos que se tornarão cada vez mais relevantes no futuro.

É a pedra angular do sector de seguros do país. Recentemente, tornou-se a maior seguradora por rendimentos globais para quase todos os ramos de negócios. As aquisições recentes e as inovações fazem com que a Hollard Moçambique Seguros alargue ainda mais o seu alcance no território da África Austral.

A Hollard chegou a Moçambique na virada de milénio. Ao mesmo tempo que crescia, ajudava a construir um mercado de seguros moçambicano. Ao celebrar os 20 anos, o CEO Henri Mittermayer revisita a história da organização e pontuou factos marcantes.

Com um público moçambicano sem muito conhecimento sobre a existência e a importância dos serviços de seguros, os primeiros clientes da Hollard foram as grandes empresas multinacionais, que tinham obrigações legais e políticas internas para assegurar os seus bens e colaboradores.

Com vista a influenciar positivamente o panorama, ao longo dos anos, a Hollard fez um grande investimento na educação sobre a importância de se aderir aos serviços de seguros. “É importante notar que só por volta do ano 2005, quando os bancos começaram a oferecer empréstimos e a impulsionar o poder de compra da classe média, os clientes particulares começaram a procurar assegurar seus bens”.

A inovação e melhoria na oferta de serviços por parte da Hollard também teve um impacto positivo no sector privado. “Quando chegamos a tendência era oferecer apólices de seguro de forma separada para cada bem. Então, implementamos o modelo de “multi plural one-stop-shop”, e com isto os nossos clientes podiam assegurar diversos bens em um único contrato personalizado para as reais necessidades dos seus negócios.”

Passados 20 anos, Henri Mittermayer faz um balanço satisfatório em relação ao crescimento do mercado de seguros e a adesão por parte de singulares. Ainda que em algum momento questões como desastres naturais, instabilidade e a crise económica tenham afectado o crescimento do país e consequentemente um abrandamento do desenvolvimento do mercado de seguros.

Perspectivando o futuro, Henri Mittermayer aponta como um dos principais propósitos da Hollard, a promoção da educação financeira e do uso de seguros para garantir que mais empresas e, particularmente, clientes individuais possam crescer economicamente e tenham os seus bens assegurados. “Vamos continuar a investir na educação através de parcerias com diversos bancos comerciais e outros agentes. Mas, igualmente, vamos produzir livros e materiais alternativos e interactivos como jogos educativos.”

Estamos a construir um negócio de verdadeira estatura e esperamos contribuir para o vibrante mercado de seguros moçambicano na nossa nova capacidade.

Seguro de energia, petróleo e gás 

Assegurar o futuro

Na indústria de energia, petróleo e gás, que está em franco desenvolvimento em Moçambique, a Hollard é a seguradora líder na oferta de serviços. Empresas como a Total Energie e a Sasol são algumas das asseguradas pela Hollard Moçambique, desde o início das suas actividades. Visto que nesta indústria existem requisitos rigorosos para a contratação de seguradoras, a Hollard Moçambique é das poucas no mercado moçambicano com capacidade financeira e técnica para operar.

As apólices oferecidas pela Hollard às empresas da indústria de energia, petróleo e gás cobrem desde infra-estruturas, bens e colaboradores. Devido às instabilidades registadas na zona Norte do país, a esta altura já aconteceram algumas compensações. “É importante notar que, depois dos ataques terroristas ocorridos no Norte do país, nós somos a seguradora que se responsabilizou pela maior parte dos danos que as empresas tiveram. E ainda mantemos o compromisso de assistir às empresas naquilo que forem a necessitar ao longo tempo”, disse Bukhosi Sibanda, Managing Director.

Olhando para o futuro, com a aquisição da (ICE) a capacidade de responder aos clientes nos negócios de petróleo e gás ao nível global vai crescer, assim como a capacidade técnica. Já ao nível local, espera-se que dentro de um ano, com o arranque da exploração dos recursos naturais, o mercado de seguros e a economia observem um crescimento significativo.

Na linha da frente na protecção do agricultor

Israel Muchena, director executivo na Hollard Moçambique Companhia de Seguros, nasceu no Zimbabwe. Filho de camponeses, cedo aprendeu a trabalhar a terra para tirar dela os alimentos para o sustento. Antes de chegar a Moçambique, fez o ensino superior no seu país e trabalhou na resseguradora Zimbabwe-Re. Os bons ventos sopraram e teve outra oportunidade de emprego  na África do Sul. Naquele país, para além de continuar a trabalhar no sector de seguros para Agricultura, fez mestrado em Ciências Sociais de Desenvolvimento, na Universidade Metropolitana Nelson Mandela. Só em 1999 é que consegue uma vaga na Seguradora Hollard para trabalhar em Moçambique.

Nunca esqueceu que é agricultor.  A exposição aos constantes riscos fez Israel Muchena compreender a necessidade de proteger o agricultor através de uma seguradora que possa cobrir os danos de qualquer desastre para o produtor. E mais, nos seus estudos sobre desenvolvimento, entendeu que o sector financeiro não prestava a devida assistência ao agricultor, excluindo desta feita a maioria da população que tem na agricultura a base para o sustento.

Foi neste contexto que, em 2012, juntamente com a seguradora Hollard, em parceria com o Banco Mundial, desenvolveu uma estratégia que visava o uso de serviços financeiros para permitir protecção aos agricultores contra os perigos de eventos climáticos. Trata-se de um projecto que assegurou 40 mil pequenos agricultores de algodão através de um fundo de 100 mil dólares financiados pelo Banco Mundial.

A meta da Hollard é cobrir 75 mil agricultores daqui a um ano e até 2025 alcançar a marca de 100 mil. Entretanto, sabe-se que no país existem 4 milhões de agricultores e a Hollard diz estar preparada para segurar a todos. “Se aumentarmos o número de assegurados e o governo cobrir uma parte dos agricultotes,  o modelo fica cada vez mais viável, porque há maior dispersão de risco”.

Neste momento, a Hollard é a única seguradora que fornece este tipo de serviço para o sector agrícola. A organização dispõe de ferramentas tecnológicas avançadas para mapear a localização das machambas. Há parcerias com fornecedores de serviços de satélites que disponibilizam informações em tempo útil, importantes para conhecer as condições climáticas das zonas de produção, diariamente. Trata-se de um esforço que a empresa vem fazendo para garantir segurança e fiabilidade aos seus clientes, fornecendo um serviço de qualidade.

O horizonte, com responsabilidade e humor

A Hollard Moçambique esteve sempre na vanguarda da oferta de seguros técnicos criativos, orientados para o serviço ao cliente. A natureza inventiva da empresa, e a vontade de experimentar coisas novas, é o que separa este líder do sector da concorrência.

Tendo acabado de adquirir a International Commercial and Engineering Insurance (ICE) e assim o aumento da sua carteira de Clientes no sector da energia, petróleo e gás, a Hollard conquista a posição de maior seguradora de Moçambique por uma margem significativa

Em Abril de 2022, a Hollard Moçambique Seguros celebrou igualmente um acordo de parceria com a consultora local Fintech, Askari, para lançar uma estratégia digital que visará digitalizar todo o processo de seguro automóvel obrigatório de terceiros para frotas de camiões e veículos turísticos transfronteiriços, tornando o processo mais suave para os consumidores e eliminando potenciais práticas fraudulentas. Todos os veículos estrangeiros que viajam para Moçambique devem ter uma cobertura de seguro de terceiros subscrita por uma companhia de seguros moçambicana.

Maputo é um ponto de trânsito maciço para mercadorias sul-africanas como o crómio e o carvão. “Esta transição para um sistema de distribuição digital representa um grande salto tecnológico e não poderia ter vindo em melhor altura, especialmente porque esperamos ver um aumento no tráfego fronteiriço à medida que o mundo continua a emergir da pandemia de Covid-19″, diz Gary Wild, CEO da Askari.

O principal benefício para os clientes aqui, indica, é a eliminação dos tempos de espera, onde as unidades foram forçadas a trocar dinheiro e cópias impressas dos documentos da apólice. “Agora, tudo acontece digitalmente, em tempo real”, anota.

Este produto é entregue como parte da filosofia win-win-win de Hollard. Para o CEO Henri Mittermayer, este passo é a prova de que a Hollard Moçambique Seguros continua fiel ao seu objetivo. “Hollard está a liderar o caminho na diferenciação e criação de diferentes pacotes de seguros. É uma solução de apoio – uma solução financeira – para diferentes sectores do mercado e diferentes níveis do mercado dentro dessas indústrias”.

E a Hollard Moçambique, como parte do Grupo Hollard, continua a apostar na educação das pessoas no que concerne aos seguros.  “Quando falamos da capacitação das pessoas e das empresas, falamos em garantir um futuro melhor. Se se percorrer todos os dias com este claro propósito de permitir às pessoas e empresas em Moçambique assegurar um futuro melhor, é muito fácil desenvolver e contribuir para o crescimento da economia. Os resultados vêm então naturalmente como um subproduto de nós, seguindo o nosso propósito”, disse.

Com uma modesta recuperação económica em curso no país, e o Banco Mundial a esperar um crescimento do PIB de cerca de 5,5% entre 2022 e 2024, a Hollard Moçambique está preparada para experimentar uma maior procura dos seus serviços especializados. “No futuro, o nosso sentido de responsabilidade como líder no mercado continuará a ser levado muito a sério, não nos levamos demasiado a sério, tem de haver humor e sorrisos, mas levamos o que fazemos muito a sério”, encerra Mittermayer.

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