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Texto: Pretilério Matsinhe

Foto: Yassmin Forte

Edição 70 Nov/Dez | Download.

Caminhar na alma de Maputo

Os encontros servem também para ajudar as crianças a começar a pensar soluções para os problemas que enfermam a cidade.

Quando Miguel Prista, natural de Maputo, percebeu que havia lacunas nos mais novos sobre o conhecimento que têm da sua cidade e lugares, inventou “Caminhando Maputo”, um projecto que visa levar menores a partir dos oito anos para uma série de caminhadas, com o objectivo de “descobrir” a capital e seus caminhos, conhecer a história e desfrutar das suas infra-estruturas.

Entendeu que para compreender os diversos significados que o mundo nos oferece, é necessário, primeiro, saber andar na cidade ou zona rural, conhecendo as histórias e as pessoas, afinal de contas a cidade é palpável, visível e alcançável.

A ideia de Prista é que os petizes possam saber fazer, igualmente, a combinação entre a história da urbe e sua arquitectura, um mecanismo para a compreensão do tempo e do espaço onde habitam, sendo este um caminho importante para a construção da identidade.

“Caminhando Maputo” é também uma iniciativa para as crianças terem a oportunidade de sair de casa a pé e olhar as paisagens urbanas, sentir o cheiro e texturas da capital.

Os pequenos ficam sempre animados porque estando na rua sentem a ideia de liberdade e, por isso, é necessário estar sempre um passo em frente da sua espontaneidade.

Por causa da insuficiência de meios, cada caminhada leva no máximo oito participantes. Outra dificuldade tem que ver com os passeios que estão sempre ocupados pelos veículos.

Os encontros servem também para ajudar as crianças a começar a pensar soluções para os problemas que enfermam a cidade.

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