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Texto: Eduardo Quive

Fotos: Laércio Nhabinde

Edição 70 Nov/Dez | Download.

 

Dany Wambire – O percurso que fez emergir um gestor cultural

Por volta de 2013, Dany Wambire já professor primário – durante 10 anos leccionou na Escola Primária Completa de Matacuane – decidiu iniciar um movimento de promoção do gosto pela leitura e sua massificação, desenvolvendo uma série de actividades de literacia através da Associação Cultural Kulemba.

Actualmente, a Kulemba tem sido um verdadeiro dinamizador cultural, chamando para a Beira uma atenção de autores e amantes da leitura nacional; organiza o Festival do Livro Infantil (FLIK) e tem ainda concursos de redacção para crianças.

Todo esse percurso é essencial para compreender como é que Dany Wambire torna-se no fundador da proeminente editora que se tem tornado referência no contexto das actuais publicações literárias moçambicanas.

A editora Fundza vem dar seguimento às acções da Kulemba e abrir espaço a novos intervenientes, sobretudo autores. “A falta de uma editora numa cidade como Beira há-de ser essa força motriz”, conta.

Dany Wambire já se pode orgulhar por levar cinco anos a frente de uma editora com tendências de crescimento. A abertura da livraria pela Fundza neste ano coloca um novo horizonte sobre o acesso ao livro na cidade. “’É um espaço de socialização, formação, educação de cultura, não obstante o facto de ser um negócio que tem de ser sustentável.”

E falando como gestor de um negócio centrado no livro, Dany Wambire aponta o caminho ascendente que vem seguindo a Fundza. Actualmente, conta com cerca de sete colaboradores a tempo integral, para além de consultores e editoras que são contratados mediante novos projectos.

Mas tem os pés assentes no chão e nas várias possibilidades que a literatura e o livro suscitam para o desenvolvimento sociocultural. Hoje vê-se a dar passos firmes, que podem contribuir para um momento importante da história cultural da cidade e do país. Mas não esquece a sua essência, a paixão pela infância. Grande parte das obras publicadas pela Fundza são do género infanto-juvenil, justifica ele com o peso de ter convivido com os pequenos por volta de 10 anos enquanto professor primário, um peso que não descarregou embora esteja agora a leccionar para jovens na Universidade Licungo.

O caminho da Fundza é crescer. Mas, para já, a expectativa maior está no novo espaço da livraria que poderá ser um ponto de referência não só no acesso ao livro, mas acolhendo actividades envolvendo autores e leitores.

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